É surpreendente o que diretores de cinema dizem uns dos outros, revelando o quão venenosas são as suas línguas. O roteirista e diretor americano Jason Bailey recolheu 30 opiniões que cineastas emitiram sobre outros cineastas e as divulgou no saite FavorWire em 10-08-11. São verdadeiros insultos. O texto em inglês foi descoberto pelo Prof. Oto Vale, que também nos ajudou a desatar alguns dos nós mais complicados da tradução.
1 – François Truffaut sobre Michelangelo Antonioni:
“Antonioni é o único diretor importante sobre o qual não tenho nada bom para dizer. Ele me entedia; é tão solene e sem graça.”
“Fellini, Kurosawa e Buñuel movem-se no mesmo campo tal como Tarkovsky. Antonioni estava a caminho, mas expirou, sufocado por seu próprio tédio.”
“Para mim ele é simplesmente uma fraude. É vazio. Não é interessante. É estéril. ‘Cidadão Kane’, do qual tenho uma cópia – é o preferido de todos os críticos, sempre no topo de todas as enquetes realizadas, mas eu o acho totalmente enfadonho. Antes de mais nada, as atuações são ruins. A soma de respeito que o filme angariou é absolutamente inacreditável.”
“Eu nunca consegui extrair nada de seus filmes. Eles são mal construídos, uma falsificação intelectual, e completamente inúteis. Cinematograficamente desinteressantes e infinitamente aborrecidos. Godard é um chato. Ele tem feito filmes para os críticos. Um dos filmes, ‘Masculino-Feminino’, foi filmado aqui na Suécia. Era exageradamente tedioso.”
“Seus dons como diretor são imensos. Eu apenas não posso levá-lo muito a sério como pensador – e é aí que nós parecemos nos divergir, porque ele se leva a sério. Sua mensagem é o que o preocupa atualmente, e, como a maioria das mensagens em filmes, poderia ser escrita na cabeça de um alfinete.”
“Alguém como Godard é para mim uma fraude intelectual quando comparado a um bom filme de kung-fu.”
7 – Jean-Luc Godard sobre Quentin Tarantino:
“Tarantino deu à sua produtora o nome de um dos meus filmes. Ele teria feito melhor dando-me algum dinheiro.”
“Quentin Tarantino parece se preocupar demais com os filmes dos outros. Quero dizer, com a apropriação dos filmes dos outros, como num liquidificador. Eu acho que é, tipo, muito divertido na hora em que estou vendo, mas depois, sei não, há um vazio ali. Algumas das referências são simplistas, apenas cultura pop.”
“É como assistir à fantasia de violência e sexo de um colegial, na qual Quentin Tarantino estaria se masturbando em seu quarto enquanto a mãe está fazendo a comida dele no andar de baixo. Só que desta vez ele tem Harvey Weinstein atrás dele e está em um milhão de telas.”
“Eu não sou contra a palavra [nigger], e eu a uso, mas não excessivamente. E algumas pessoas falam dessa maneira. Mas Quentin é obcecado com essa palavra. O que ele quer que se faça – um negro honorário?”
“Temos um presidente negro, e agora remontamos a Mantan Moreland [ator comediante negro, 1902-1973] e Sleep ‘n’ Eat [apelido do ator negro Willie Best, 1913-1962]?”
“Spike que vá para o inferno! Pode publicar isso… Spike precisa calar a maldita boca!”
“Um cara como ele devia calar a boca.”
“Kubrick é uma máquina, um mutante, um marciano. Ele não tem qualquer sentimento humano. Mas é ótimo quando a máquina filma outras máquinas, como em ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’.”
“Cameron não é nocivo, não é um idiota como [Steven] Spielberg. Ele quer ser o novo [Cecil B.] DeMille. Infelizmente, ele não consegue sair de um saco de papel.”
“Eu não o conheço pessoalmente. Não acho que seus filmes são muito bons.”
“Spielberg não é um cineasta, é um confeiteiro.”
18 – Tim Burton sobre Kevin Smith (depois que Smith, de brincadeira, acusou Burton de roubar o final de ‘O Planeta dos Macacos’ de uma história em quadrinhos de Smith):
“Quem me conhece sabe que eu nunca leria uma história em quadrinhos. E eu especialmente jamais leria qualquer coisa criada por Kevin Smith.”
“O que, para mim, justifica aquela droga de ‘Batman’.”
“Eu nunca vou revê-lo, mas vou conservá-lo comigo. Vou deixá-lo exatamente sobre a minha mesa, como um lembrete permanente de que a empáfia é a qualidade mais desinteressante de uma pessoa ou de seu trabalho.”
“Ele criou uma espécie de olimpíada especial para o cinema. Os filmes simplesmente rebaixaram o padrão. Estou certo de que seus pais estão orgulhosos; [mas] não é nada que me leve a comprar ingresso para ver.”
“Ele é a maior fraude por aí. Se você levá-lo a uma festa, ele vai ser a pessoa menos interessante na festa, a pessoa que não sabe nada. Ele não diz nada engraçado, interessante, inteligente… Ele é um pedaço de merda de porco.”
“Eu não trabalharia para Martin Scorsese nem por 10 milhões de dólares. Ele não fez um bom filme em 25 anos. Eu nunca trabalharia com um egomaníaco que já era.”
“Sofia Coppola gosta de qualquer sujeito que tem o que ela quer. Se ela quer ser fotógrafa, ela vai transar com um fotógrafo. Se ela quer ser cineasta, ela vai transar com um cineasta. Ela é uma parasita tal como era o porco do seu pai.”
“Abel Ferrara era uma grande piada quando eu atuei em ‘Os Chefões’, ele nunca estava no set. Ele estava no meu quarto tentando roubar minha carteira.”
“Eu não faço ideia de quem seja Abel Ferrara. Mas deixe-o lutar contra os moinhos de vendo… Nunca vi um filme dele. Não faço ideia de quem ele seja. Ele é italiano? É francês? Quem é ele?”
“Eu odeio aquele cara! A próxima pergunta.”
“Uma carrada de presunção desprezível.”
“Sir Richard ‘estou-indo-atacar-o-establishment-cinquenta-anos-após-ele-estar-morto’ Attenborough é culpado de caricatura, um senso de autossatisfação às direitas, e repetição que solapa o impacto do filme.”
“Eu não sou um retardado como Michael Bay.”
Fonte: (http://flavorwire.com/200745/the-30-harshest-filmmaker-on-filmmaker-insults-in-history). Post retirado do site www.lisandronogueira.com.br
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